Esta postagem contém linguagem e ortografia coloquial exagerada proposital! Recomendo cautela ao ler. Detalhes estão na página “sobre”.
Tá certo que eu tratei bastante sobre tecnologia aqui nesse blog, mas sendo meu espaço pessoal, gostaria de atualizar sobre acontecimentos dos últimos meses… Antes de completar 1 ano de abandono total, deixa eu contar o que justifica esse sumiço. Chega a ser engraçado pois toda vez que venho aqui fico me explicando pq não estou escrevendo com constância, mas vamos lá…
Bom acontece que passei em um concurso público (quem diria)… Eu realmente não esperava que isso fosse acontecer, fiquei em 15° colocado de 35 vagas para a área de tecnologia da Caixa Econômica Federal, mesma empresa em que dei meus primeiros passos profissionais como estagiário de atendimento ao público em 2014.
Quando me inscrevi não li o edital muito bem, basicamente olhei pra onde tinham vagas e para que cargos. Vi que tinha para tecnologia sem precisar de ensino superior (que ainda não concluí) e também vi que tinham vagas para várias capitais do Brasil, não fiz pesquisa na hora de escolher o município em que eu iria morar, mas imaginei que Manaus seria menos caro de viver (ledo engano, depois discorro sobre isso). Não estudei um dia se quer pra fazer a prova, fui na cara e na coragem e para minha surpresa, deu certo.
Foi em julho de 2024 que saiu o resultado definitivo, pouco depois do meu aniversário, parecia um presente ver meu nome no Diário Oficial da União.
Caraca vou trabalhar na CAIXA!
Depois do resultado, meu psicológico entrou em um estado de preparação para todas as mudanças que iriam acontecer nos meses seguintes, fiquei um pouco nervoso quando chegou a convocação, isso só em dezembro de 2024.
Fazia uma semana que eu tinha conseguido um trabalho temporário em um supermercado de Capanema, imaginava que a convocação ainda fosse demorar pelo menos uns 6 meses e eu precisava de dinheiro, bom que não deu tempo nem de se acostumar com o trabalho temporário (e cansativo), acho que Deus sabia que aquilo não era pra mim e me tirou de lá assim que foi possível.
A convocação já pedia a realização dos exames admissionais e passei muito nervoso nesse momento (depois explico pq). Mas no final deu tudo certo. No final de Janeiro de 2025, já tive a primeira reunião (virtual) com a turma de aprovados de Manaus e uma equipe de Gente da Caixa passando informações sobre como seriam os próximos passos.
- Vocês todos vão para Brasília fazer a integração
- De Brasília, vocês irão voltar para a cidade de lotação de vocês (Manaus)
- Dia 7 de fevereiro vocês assinam o contrato e serão oficialmente empregados da Caixa Econômica Federal.
Fiquei eufórico e mal podia esperar para as semanas seguintes.
A partir daí tive contato com os demais colegas que passaram na mesma turma que eu para trabalhar em Manaus, tinha um grupo no WhatsApp e então começamos a trocar figurinhas, achei todos bem simpáticos e pude compartilhar a euforia do que estava por vir com eles.
Tchau casa, tchau mãe, tchau irmãos, tchau família, tchau amigos…
Depois que eu disse que passei no concurso a pergunta automática era “pra onde?”, então todos já sabiam que eu ia mudar de estado. Como a convocação levou um algumas semanas para iniciar, acho que deu tempo dos mais próximos se acostumarem com a ideia de que eu iria embora, nada aconteceu repentinamente e apesar de eu ter ficado um pouco ansioso por causa da demora da convocação, no final de contas foi bom.
Deu pra falar com todos com quem eu me importava e quando foi chegando a hora da despedida, vi que o grau de importância também era recíproco (pelo menos com a maioria), isso deixou meu coração quentinho.
Não foi difícil dizer tchau, não teve choro, nem tristeza, tudo graças a esse processo… A tecnologia ajuda muito a manter as pessoas por perto, claro, sem contato físico, mas ainda assim me sinto próximo.
Eu sem saber preparei minha mente pra sair da minha zona de conforto e nem sei explicar como isso aconteceu, ainda preciso entender essa parte. Eu estou longe de casa fazem 4 meses e ainda não senti grandes saudades. Não sei se é pouco tempo, mas tenho a sensação de que Capanema é bem aqui e eu posso ir lá de quando em vez.
Brasília
Já tinha passado por Brasília uma vez em uma conexão a caminho do Pará vindo de Belo Horizonte, sabia que o aeroporto ia estar bem movimentado, ali é o coração do país, no entanto estava bem tranquilo quando cheguei, quando desci do avião senti um friozinho de leve, igual como quando chove o dia todo no Pará.
Conhecendo os colegas
Assim que peguei minha bagagem, já mandei mensagem no grupo da turma pra saber se tinha alguém pelo aeroporto, Caio Veras e o Rodrigo me responderam e rapidamente encontrei com eles, que estavam procurando sem sucesso um Uber para ir pro hotel, ali decidimos dividir um táxi.
Depois do check-in a fome apertava e resolvemos procurar o que comer, o Rodrigo é um cara bem legal, ele é mais velho deve ter uns 38 anos e foi a minha dupla nos primeiros dias, depois de acomodar nossas coisas e conhecer nossos quartos, descemos e no saguão do hotel, conhecemos o Caio Muniz, também de Manaus, procuramos restaurantes, e logo percebemos o a disparidade de preços, tudo bem caro. Mas já era mais de 23h de um domingo e não tínhamos muitas opções… optamos por comer um McLanche 🫠 fazer o que…
No dia seguinte consegui trocar algumas palavras com outros colegas, e fui me enturmando. Essas duas semanas em Brasília foram muito interessantes pois pude conhecer minha base apoio emocional nessa fase nova. Acho que foi as amizades que fiz mais rapidamente em toda minha vida, nunca pensei que eu fosse capaz disso (risos).
E então os amigos…

Depois falo de como foi a integração na Universidade Caixa. Acontece que extra trabalho, pude conhecer melhor meu grupinho, Caio Muniz; Lívia Oliveira; Marco Antônio; João Vitor e Paulo Jennings ♥ Acredito que se não fosse por eles, teria sido mais difícil eu me enturmar e certamente os meses seguintes seriam mais duros, solitários e difíceis.
Um destaque especial desse grupo é o João Vitor, que assim como eu, veio de outro estado, mais especificamente do Ceará, então compartilhamos de alguns sentimentos como deixar nossa zona de conforto para estar ali. É muito fácil ele ser alvo das piadas internas do nosso grupo, pois ele tem certo protagonismo por onde passa, mesmo assim é uma pessoa simples, gente boa e muito leal.
E os demais, sem ciúmes por favor…
Em Manaus
Chegando em Manaus fui acolhido virtualmente pela D. Dora, uma querida amiga da minha que conheci quando tinha por volta de 7 ~ 8 anos de idade quando fui passar férias na casa da minha tia em Bragança. Na verdade ela não era minha amiga, é amiga da minha tia e a vida nos aproximou novamente depois de todo esse tempo. Com o contato da minha tia, D. Dora me cedeu moradia chegando em Manaus até eu encontrar um lugar definitivo para morar. Tenho imensa gratidão a ela por esse apoio inicial, inclusive seus filhos Tiago e Camila que foram muito solícitos enquanto estive lá.
A primeira impressão que eu tive da cidade foi que não parecia que eu estava em uma capital, tem diferenças gritantes com Belém em alguns aspectos, quem já andou pelas duas cidades consegue perceber que Belém é mais desenvolvida que Manaus. Posso tratar disso depois.
A nova rotina
Nos primeiros dias a rotina era o trabalho e casa, e eu não estava morando muito perto do centro, onde fica o escritório da Caixa que eu fui alocado então tinha que planejar direitinho os horários que eu ia sair de casa, e nos primeiros meses tive despesas expressivas com transporte por causa disso.
Ficamos os 3 primeiros meses se ambientando no trabalho, conhecendo as pessoas, as rotinas, os processos e fazendo os cursos internos, em especial a trilha de desenvolvimento da Ada.tech.
Sabendo que nesse concurso entrariam muitas pessoas que não eram da área de tecnologia, a Caixa preparou um curso de “introdução a programação” em parceria uma empresa terceirizada a Ada.tech. Fui alocado na trilha de desenvolvimento web com AngularJS (hahaha) e era mandatório, todos os novos concursados eram obrigados a participar, mesmo os que já tinham algum conhecimento em programação, foi bem chato, mas assumo que foi bom pegar os conceitos do Angular, serão muito úteis no futuro.
Ainda em Brasília, fomos apresentados em que frente iríamos atuar, fiquei no desenvolvimento dentro da Comunidade de Clientes, que é responsável por vários sistemas internos, comunicação e o famigerado cadastro de clientes da Caixa. Enquanto estávamos no período de experiência, já começamos a nos integrar com nossas lideranças, que afinal, ficam em Brasília e receber algumas tarefas para ir aquecendo.
Finalizados os 3 meses do estágio probatório com louvor e ninguém da nossa turma foi demitido ou advertido nesse período 🙌 agora estamos na expectativa de como serão os próximos meses.
Nas próximas postagens vou trazer detalhes do que comentei aqui, por hora, só queria externalizar sucintamente como foram esses meses.
Agradeço a leitura, e até a próxima!